sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

TAROLOG: EU FUI, E EU IREI!


Olá pessoal. Eu ainda estou ruminando a série de eventos que vivenciei no Tarolog, que foi muito intenso para mim, como cartomante e como pessoa. Mas não posso deixar de agradecer, ainda que as conversas que teremos sobre o evento possam esperar. =)

Merkaba

Foi um evento magnífico. Uma série de pontos foram esclarecidos - ou levantados - que me darão inspiração para conversarmos por muito tempo. A prática online é o mote do evento, mas falamos sobre muito mais que isso.


Todas as palestras foram enriquecedoras, mas algumas em especial me marcaram. São assuntos que conversamos por aqui e que merecem maior acuro. Ver por outros olhos me levou evidentemente a mudar meu olhar sobre as questões.


Carlos Karan foi genial ao associar as Mil e Uma Noites ao atendimento online. A narrativa - pois toda leitura oracular é, na verdade, a leitura de uma história codificada em símbolos - me fez refletir muito sobre os limites que temos. Até onde podemos ir? Até onde é confortável para nosso cliente chegar? Como guiá-lo na jornada de uma forma sensível e humana? Como, sobretudo, manter o consulente como protagonista de sua própria vida, e não um títere na mão do destino que ora se revela?


Fiz uma pergunta ao Jaime Hales, que foi exatamente ao encontro do que eu considero verdadeiro - e olha, a gente se encontrar em perspectivas de pensamento diferentes é uma dádiva sem preço. O sr. Jaime utiliza a ordem proposta por A. E. Waite [Louco zero, Força oito, Justiça onze] para propor sua análise da personalidade, embasada em cálculos numerológicos. Dessa forma, o resultado obtido na análise proposta por ele será evidentemente diferente daquele obtido por alguém que se utilize do Marseille. Ele foi tácito: essa é a forma como ele analisa, não aberta a discussões. Funciona para ele assim, e assim está bom. A mão do cartomante é sempre soberana.


Rose Ragazzon simplesmente arrebentou com seus vinte minutos de explanação. Demonstrando experiência, vivência, estudo e prática com o Zigeuner Carten, fiquei completamente embasbacado, embevecido, com a palestra dela. Sem sombra de dúvida, uma das melhores, e quem viu com certeza ficou com vontade de fazer um curso com ela. Recomendo.  


Inegável, porém, que a reflexão que fui chamado a fazer e os efeitos que ela teve sobre mim foi impactante. Ao preceder Giordano Berti - de quem sou fã há muito tempo e tenho um carinho por ser quem é - vi-me na obrigação de refletir sobre a função da historiografia na cartomancia. Afinal de contas, para quê história se é só pegar as cartinhas e ir lendo igual tá no livretinho? Vamos além, vamos tocar num ponto que será axial nas nossas reflexões daqui por diante: como é que um baralho como o Petit Lenormand funciona tão bem, mesmo nas mãos de quem acredita que ele é uma síntese do aprendizado dos Ciganos em suas caminhadas pelo mundo? Como é que o Tarô funciona nas mãos de quem acredita que ele é uma síntese da sabedoria egípcia preservada por sacerdotes? Tenho algumas pulgas que guardei para colocar atrás de nossas orelhas, em nossas conversas.


Nesse momento, o que nos importa saber é: quanto mais da história de um baralho entendermos, maior será nosso vocabulário no trato com ele. Maior será nossa habilidade de resolver nós interpretativos, e, evidentemente, maior será nosso acuro na leitura oracular.
Tive a oportunidade de conversar um bocado com o Giordano - uma honra, e uma sorte! - e dessas Conversas Cartomânticas muito, mas muito mesmo, vai emergir nesse nosso ano VI. 


Não vou me estender muito, porque eu estava esperando todo mundo postar as melhores fotos ruminando o evento para escrever. Mas temos muito a conversar!!!

Agradecimentos a Laya, idealizadora e mantenedora do evento, a Nivia Peggion e Michele Sullam, minhas meninas dos olhos; à equipe Merkaba, à equipe Amor, o Próprio e, claro, a ti, Giordano Berti. 

Conversaremos mais, pessoal. Temos muito a dizer, ainda. 



Um comentário:

  1. Gratidão eterna Manu ♥ Muito boa sua matéria sobre o evento, e que venha maaaaais!!!! =D

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Quando um monólogo se torna diálogo...